‘Redescobri minha essência’: um relato de quem lutou contra o câncer de mama

Edina descobriu o câncer de mama em 2017, pouco tempo depois de voltar da licença maternidade. Coordenadora da Experiência do Cliente na PICCADILLY, viu sua rotina mudar drasticamente.

 

Foram quatro cirurgias, sessões de quimio e radioterapia até a chegada da tão esperada cura. Edina precisou percorrer um caminho extenso, doloroso, porém cheio de reflexões. E é isso que ela vai compartilhar com a gente nesse Outubro Rosa: a redescoberta da sua essência e os aprendizados que teve durante os muitos encontros consigo mesma.

 

Veja o bate-papo que tivemos com essa mulher forte e inspiradora!

 

Quando você recebeu o diagnóstico, qual foi a sua primeira reação?

 O primeiro diagnóstico foi de um câncer menos invasivo, mas mesmo assim fiquei assustada. Me dei uns 10 minutos de lamentação com uma pessoa no trabalho, pois junto com minha família precisava ser forte.

Entretanto, depois disso, foram 4 cirurgias ao longo de 6 meses para receber o diagnóstico de um câncer bem grave que precisava de quimios e radios. Então veio aquela enxurrada de sentimentos: vou perder cabelo, ficar dependente e debilitada.

Porém me mantive forte e determinada, principalmente pelas pessoas que mais amo: minha família. Eu sabia que poderia contar com o apoio deles desde o primeiro momento.

 

Você redescobriu sua essência após o diagnóstico e a cura do câncer?

Sim, redescobri  minha essência. Quando estamos nessa situação sempre repensamos as coisas. Descobri que me olhar no espelho nunca mais será como antes; que o conceito de bonito e feio muda. Me senti bonita careca e hoje me sinto bonita mesmo com minhas cicatrizes. Descobri que o diagnóstico precoce salva e que não há mudança sem dor.

 

Quais são as transformações que mais se orgulha?

Me orgulho muito de acreditar em mim mesma e de ter coragem para enfrentar as situações.

 

Você se conheceu com mais profundidade? O que aprendeu consigo mesma?

Conheci uma Edina forte, guerreira, sem medo de lutar e com muita fé. Também fui apresentada a uma paciência que nem eu sabia que eu tinha, afinal, são meses de tratamento.

 

O que você era e não é mais?

Eu era mais crítica, agora tento ser mais tolerante e compreensiva. Não sou mais a mesma. Sou diferente e melhor.

 

Veja o manifesto da Edina:

Recebi o diagnóstico do câncer de mama com 34 anos.

E isso mudou tudo dentro de mim.

Durante os meses de tratamento, conheci

uma outra mulher: mais forte, guerreira e

sem medo de lutar.

 

Descobri que me olhar no espelho nunca será como antes.

E que eu posso me sentir bonita mesmo com as cicatrizes.

A vida sempre segue e, no final de contas, o que importa é o amor.

O amor supera tudo mesmo.

 

Eu percebi que o mundo não parou junto comigo.

E as pessoas ao meu redor também não me fizeram parar.

Tive uma rede de apoio que me acompanhou.

Ela me ajudou e deu espaço pra que eu me redescobrisse.

 

A gente precisa sim falar sobre o câncer de mama.

Pra saber que não estamos sozinhas, que temos que continuar.

Não há mudança sem dor. Mas, no fim, a cura mostra

que tudo valeu a pena.

 

Eu venci o câncer e me aproximei ainda mais do que importa.

Me redescobrir foi como mergulhar novamente dentro de mim.

A essência sempre esteve lá, mas ficou ainda mais poderosa

com a minha luta diária.

 

Histórias como a da Edina precisam ser compartilhadas. A luta contra o câncer de mama é vivida por milhares de mulheres e não pode ser invisibilizada. Se você conhece alguém que recebeu o diagnóstico da doença, acolha essa pessoa; seja parte da rede de apoio.

 

Além disso, visite seu médico e faça os exames preventivos. Vamos cuidar umas das outras! <3

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